Pesquisar neste blogue

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Carta aberta a Saramago

Confesso que me estou nas tintas para o facto de um decrépito escritor como você, ter ganho o Prémio Nobel da Literatura. Já vi – ainda agora o presidente Obama ganhou o prémio Nobel da Paz sem sequer, ainda, nada ter feito – já vi, dizia, analfabetos serem presidentes dos seus povos, idolatrados como deuses numa incensada auréola de fervor e cujos resultados futuros haveriam de projectar em fétida lama de desgraça todos os que os apoiaram. Confesso, ainda, que você não é um bom escritor; é, sem dúvida um homem mau, feio, com tiques de iluminado e que achou por bem fazer uma interpretação única da Bíblia. Você que é agnóstico – apesar de, por conveniência, ter casado com uma freira espanhola – deu-se ao trabalho de ler a principal obra que guia, pelo menos sugere, o melhor caminho aos milhões de crentes de todo o mundo. Confesso, ainda, que li o Memorial do Convento; quer dizer, li um pouco porque quando me apercebi do seu facciosismo, das interpretações malevolamente sexuais que fazia do seu conto, logo o fechei, com vontade de o devolver à Sociedade Portuguesa de Autores. Não leio mais algum pois, você, não é mais que um maltrapilho intelectual resguardado à sombra de uma bandeira, que é a minha, o que me envergonha. E sabe porquê? Há uns quatro anos atrás, você, escritor de super mercados, dizia que ia optar pela cidadania espanhola porque Portugal não o merecia. Eu convido-o a, rapidamente, fazer a sua opção porque, custa-me, sinceramente, partilhar a minha cidadania com um ignorante como você. È que se fosse apenas ignorante, eu até lhe dava algum desconto, mas não, o senhor é muito mais que isso. Ou seja, nem ignorante chega a ser porque está de tal forma doente que, qualquer palavra que vocifere indicia um internamento imediato numa clínica de dementes irrecuperáveis. Talvez que os seu amigos da sua tão decantada esquerda ainda consigam uma vaga na Sibéria, quem o sabe? Porque não "mete uma cunha" ao seu tão querido amigo Mário Soares? Eu agradecia – porque me libertava de mais duas preocupações – que o senhor, acompanhado pela sua infeliz mulher mais o gordo de Nafarros e sua bondosa esposa, nos deixasse de vez. Acredite que todos os sinos paroquianos badalariam até que as mãos dos sacristães ficassem inertes.
Não admira – agora sei porquê – que a sua primeira companheira, a ilustre escritora Isabel de Nóbrega, o tenha "despachado" para as mãos da Carmen.
Infelizmente para ela, senhora de berço dourado e fino trato, inteligente, culta, caiu numa cilada preparada pelos seus amigos da esquerda radical e acabou por se apaixonar por um Zé Ninguém, armado em intelectual mas que não passava de um reles demónio disfarçado de gente. Foi ela que o ensinou a escrever, seu artola, e, porque realmente o amava, aguentou o mais que pôde e só o largou quando, afinal, você já a tinha despojado de toda a riqueza.
Você, não passa de um homenzinho da Golegã, terra de boa gente, que passa a vida a insultar Deus, em raciocínios primários de operários de tasca em redor de naipes de cartas e cheirinhos de aguardente.
Por favor, meu "querido Sabarmago", quer dizer, Saramago, deixe-me feliz na minha ignorância e desapareça da sociedade inteligente que o senhor tão vilipendia. Assuma definitivamente a cidadania espanhola. Não sabe o enorme favor que faria a este ilustre povo das quinas.
Seu admirador, desde sempre,
Pedro Sidney

Sem comentários: